Como vencer o desânimo: 7 erros que fazem você se deprimir e perder a paz (e como consertá-los)

falta de coragem se mistura com um profundo desânimo e você se sente como um derrotado. E para piorar as coisas você começa a pensar demais e a duvidar de você mesmo, questionando se tudo o que está fazendo na vida está valendo a pena.
Essas “ferramentas” são 7 mudanças de atitude que combatem 7 erros fundamentais e geram um impacto formidável na maneira como interpretamos esses períodos de desânimo e preguiça.

O que são e como usar essas estratégias para vencer o desânimo

A maior parte das estratégias contidas neste artigo são provocações que vão desafiar a sua maneira pensar. O objetivo é simples: causar uma mudança de perspectiva que faça você enxergar as coisas por um outro ângulo.
Leia de maneira serena, concentrada e com a mente aberta e essas idéias irão ampliar os seus horizontes.

Erro #1: Achar que você é o centro do universo

Uma grande constelação no universo
Há em nós uma tendência que nos faz colocar nós mesmos no centro de todas as coisas. Trata-se de uma arrogância presente em 99,9% de nós. Alguns nem se dão conta dela.
Quando se é o centro de tudo e se olha para todas as coisas com este olhar, qualquer pequeno balanço parece um terremoto. Tudo parece o trágico fim do (nosso) mundo.
Pura fantasia.
Coloque o pé além da soleira da sua porta, desloque-se do centro de todas as coisas para qualquer outro lugar e veja essa fantasia perder força.
Parar de se preocupar com você mesmo é um grande passo para diminuir o poder do estado de desânimo.
E ainda melhor que isso é começar a se preocupar com outras pessoas. Arrume uma maneira de ajudar quem está precisando de ajuda.
Essa é uma estratégia fantástica!
Eu não estou mais me questionando, perguntando se sou bom o suficiente ou se estou fazendo progresso na vida.
A ajuda que você está prestando a alguém é um progresso evidente do qual você não tem como duvidar.
Talvez você não tenho alunos ou clientes para ajudar, mas certamente tem colegas de trabalho, amigos e conhecidos que podem se beneficiar de algo que você possa fazer por eles.
Eis as primeira ferramenta do meu arsenal: saia do centro do mundo e ajude outras pessoas no que estiver ao seu alcance.

Erro #2: Tentar resistir ao momento que está vivendo

Homens em uma competição de queda de braço
O desejo de estar em outro lugar e outra situação costuma surgir de maneira muito forte nos dias de desânimo e preguiça.
É como se essas mudanças pudessem resolver todos os problemas de uma vez por todas.
Uma mudança para uma nova cidade (ou um novo país), um bom dinheiro na conta bancária, o parceiro ou parceira ideal e tudo ficaria perfeito. Sabemos que isso não irá acontecer de uma hora para outra, mas continuamos alimentando essa ilusão.
A verdade é que deixar essa vontade louca tomar conta dos seus pensamentos só irá causar mais sofrimento e piorar as coisas. Quando percebo que estou fazendo isso eu imediatamente procuro trazer o meu foco para o presente.
Eu não estou dizendo que esses sonhos não possam se tornar realidade, mas você e eu sabemos que para realizá-los é preciso sonhar com os pés no chão e trabalhar muito. Eles não se tornarão reais hoje só por causa do seu desânimo. É mais inteligente não se apegar a eles nesse momento.
Aqui está algo importante:
Se você não se permite viver uma situação desconfortável, você também não se permite superá-la.
Lembre-se: esse estado de desânimo e preguiça não existia antes e nem continuará existindo eternamente. Trata-se de um estado transitório: viva-o e deixe-o ir embora.
Dois pontos para guardar na memória:
  1. Vive melhor aquele que consegue sentir-se satisfeito estando onde está no momento em que está.
  2. Vive frustrado aquele que está sempre desejando algo diferente do que possui no momento.
Se você usar o seu tempo e a sua energia para viajar em tudo o que poderia ser e não é, você estará construindo na sua cabeça um cenário cada vez mais deprimente e opressor.
Esteja presente e viva o presente. É preciso viver para superar.

Erro #3: Você não é (apenas) o que acredita ser

Homem pensando em um píer
Todos nós temos uma imagem muito bem formada de nós mesmos, uma auto-imagem que nos diz o tipo de pessoa que “somos”.
Acreditamos tanto nessa visão que nos sentimos mal quando ela é ameaçada.
É um fenômeno curioso:
  • Você acredita ser motivado. Mas quando a desmotivação bate à sua porta, você sente que algo está muito errado.
  • Você acredita ser produtivo. Mas quando a falta de ânimo para produzir aparece, você vê isso como algo inaceitável.
  • Você acredita ser bom. Mas ao receber críticas que expõem com clareza seus defeitos de caráter, você se entristece.
A verdade é que você não é apenas o que acredita ser…
Você é o que acredita ser, o contrário do que acredita ser e muitas outras coisas.
Você não é sempre motivado, produtivo e bom. Muitas vezes você será o oposto de tudo isso: desmotivado, improdutivo e inclinado ao mal.
Apenas aprenda a perceber isso e ampliar essa auto-imagem que você construiu e carrega dentro de si mesmo.
Lembre-se: você é o que acredita ser, o contrário do que acredita ser e muitas outras coisas. Não se surpreenda quando algumas sensações que parecem incomuns surgirem em seu interior, elas também fazem parte de você.

Erro #4: Não entender que o hoje é um presente

Nascer do sol
O materialismo dos tempos que vivemos nublou a nossa inteligência de maneira vergonhosa. Sequer somos capazes de perceber o valor de um dia como o de hoje.
O raciocínio é óbvio e matemático: um dia a mais é um dia a menos.
Desperdiçar dias da nossa vida com culpas, reclamações e angústias é uma gigantesca falta de reconhecimento do valor da vida. Um dia de desânimo continua sendo um dia de vida…
Um dia de desânimo é subtraído dos dias da nossa existência como qualquer outro, então é sensato da nossa parte vivermos esse dia da melhor maneira possível. Isso não significa que tenhamos que trabalhar ou nos divertir de maneira alucinada, mas que façamos dele um dia útil.
Uma caminhada no quarteirão é imensamente mais útil do que sentar-se e alimentar com os pensamentos o seu estado de desânimo. Vou ensinar adiante uma estratégia simples para transformar dias de desânimo e preguiça em dias mais úteis. Chegaremos lá em breve.
A propósito, você está gostando deste arsenal de estratégias para vencer o desânimo

Erro #5: Reclamar

Diante de um cenário onde a preguiça se mistura com um profundo desânimo, nós muitas vezes começamos a reclamar.
E é óbvio que isso não nos ajuda em nada.
Você nunca vencerá esse estado se tudo o que faz é reclamar. Reclamar definitivamente não é uma boa estratégia.
Há uma estratégia melhor.
Se você colocar a cabeça no lugar e canalizar suas energias para encontrar caminhos que o levem para fora dessa confusão de sentimentos, você ficará surpreso com a velocidade com que as coisas podem mudar.
Acredite, há em você a capacidade de se distanciar dos estados mentais negativos e caminhar para longe deles.
Lembre-se de que esse estado de desânimo e preguiça não existia antes e nem continuará existindo eternamente:
Você está nesse estado, você não é esse estado.
O meu trabalho como coach e orientador me mostra isso com tanta clareza, que não tenho como não ser um otimista em relação à sua total capacidade de mudar o seu foco.
Jamais caia no erro de confundir a sua identidade com esses estados mentais transitórios: esse é um erro fatal.

Erro #6: Não entender que o desânimo é um sinal de que alguma coisa precisa mudar

Barcos navegando em um lago
Certamente algo precisa mudar…
E, felizmente, na grande maioria das vezes uma mudança de perspectiva é suficiente.
Quase 100% de tudo o que faz nos sentirmos desanimados é uma criação mental fantasiosa.
É claro que existem desânimos cuja causa é concreta e facilmente reconhecida, mas aqui estamos falando daquele desânimo que aparece “do nada”, sem avisar.
Quando esse tipo de desânimo bate à nossa porta a primeira coisa que costumamos fazer é olhar para o que pode estar errado “do lado de fora”.
“O que – ou quem – está causando esse mal-estar?”, pensamos.
Pergunta errada.
Quando o desânimo simplesmente “aparece”, é quase sempre para dentro que precisamos olhar.
Diante de cenários como esse devemos observar o que sentimoscomo sentimose, principalmente, quais pensamentos estão circulando em nossa mente.
Esses pensamentos são realmente justificados? A minha experiência mostra que, em grande parte dos casos, não.
Há bastante tempo atrás, num desses dias de desânimo e muita preocupação, escrevi para mim uma mensagem que leio sempre que me sinto daquele mesmo jeito.
Quero compartilhar ela com você:
Não achas que te preocupas demais e perdes o sono muito facilmente? Quantas vezes, afinal, esse teu temor de que coisas horríveis pudessem te acontecer tornou-se real?
Não percebesse ainda que essas “fantasias de desgraça” que tens são apenas – como qualquer fantasia – uma mentira e que os problemas que elas usam para te plantar preocupações nunca são tão monstruosos quanto imaginas?
Descansa em paz e retoma o teu trabalho quando estiver recarregado: nenhum desses problemas resistirá à força do teu empenho.
Ânimo!
Espero que a mensagem tenha “tocado” você de alguma forma.

Erro #7: Não entender que os pequenos passos são sempre possíveis

O Pé Grande passeando na floresta
Em dias de pouca coragem pode ser muito difícil fazer qualquer coisa e dar qualquer pequeno passo na direção desejada.
Mas esses esforços podem ser também a porta de saída para um estado de maior ânimo. Um pequeno esforço contra a própria vontade pode mudar tudo e transformar um dia “perdido” em um dia minimamente produtivo e útil. E essa é uma grande vitória!
Faça pequenas tarefas, tarefas que podem até parecer insignificantes, mas que “aplicam força sobre um corpo inerte”, fazendo-o entrar em movimento de maneira sutil.
É como entrar em estado produtivo suavemente, “voando baixo no radar”.
Escreva uma pequena frase de um texto que precisa ser produzido, arrume a sua cama, retire o lixo, saia para tomar um café ou caminhar…
Faça qualquer atividade, mas não se dê tempo e nem forneça a sua energia para construir na sua cabeça os grandes fantasmas que vão atormentar você.

A “Lista de Atividades”, minha estratégia favorita!

André Valongueiro pedalando sua bicicleta no Campeonato Alagoano de Triathlon
A minha estratégia favorita para vencer o desânimo nos dias em que ele resolve aparecer é muito simples: eu abro um espaço na agenda e faço aquelas coisas que levantam o meu astral.
Se for possível, eu dedico o dia inteiro apenas para fazer essas coisas. Há anos eu mantenho uma grande lista de atividades que me fazem um tremendo bem e a consulto quando desejo fazer algo diferente para “ganhar poder”.
Segundo essa lista eu tenho algumas possibilidades interessantes para os meus dias de pouca coragem:
  • Ir à praia
  • Nadar no clube
  • Pedalar “sem rumo” pela cidade
  • Correr ou caminhar “por aí”
  • Passar longas horas em uma livraria
  • Passar algum tempo lendo um bom romance em um café
  • Assistir filmes ou seriados (ou ir ao cinema sozinho)
  • Escutar álbuns de Heavy Metal, Rock Progressivo ou Música Erudita
  • Estudar curiosidades diversas e temas leves
As atividades acima são apenas uma parte da lista, que possui atualmente 34 opções de atividades.
Essa é uma estratégia que uso com grande parte dos meus clientes e que desejo recomendar para você. Essa lista pode fazer a diferença em dias de pouco ânimo. Talvez você seja ocupado demais para passar longas horas em uma livraria, mas com boa vontade é sempre possível encontrar algum espaço para fazer algo que o ajude a vencer o desânimo. É por isso que a sua lista deve conter atividades que precisem de horas e atividades que necessitem apenas de alguns minutos.
Tomar um café e ler um pouco, fazer a barba e ouvir uma musica, são algumas das minhas atividades mais simples. Elas levam pouco tempo e fazem muito bem.
Tudo o que você precisa fazer agora  é preencher cuidadosamente uma lista com o maior número possível de opções de atividades. Depois disso é só guardá-la e consultá-la quando achar necessário.
Se você fizer um bom trabalho ao preencher a lista, ficará supreso ao precisar consultá-la, pois sempre encontrará nela algo possível de ser realizado mesmo nos dias mais cheios e atribulados. Acredite, essa lista pode ser uma grande aliada naqueles dias em que você não sente vontade de fazer absolutamente nada.

Conclusão

Homens caminhando no deserto

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