NÃO QUERO MAIS SER EVANGÉLICA

Ontem eu estive por problemas de saúde internada no hospital Santa Cruz, batel  e quando acordei ouvi o meu filho Carlos que estava fiel e amoroso ao meu lado,  rindo e contando de umas "paradas" e "tretas" que um dos seus posts estava gerando no Facebook.
Bem, quanto ao Carlos gerar polemicas isso não me surpreende.  Sempre teve liberdade de expressão e foi educado para se posicionar, e claro "Assumir as consequências" quando fosse o caso. 
Porem o que me chamou a atenção neste caso nem era o tema em si que se debatia mas um ataque direto e pessoal a vida dele... 
Comentário vindo de um fundamentalista e que eu nem conheço, mas certamente espelha as conversas de bastidores de um pequeno grupo que provavelmente pensa igual e que "julga"a saída do meu filho dessa denominação religiosa como um escândalo.

 HAHAHAHA tive de rir.  Mas, agora a noite quis aproveitar a provocação para divulgar uma palavra dita por um pastor sensato que o "Carlos"me apresentou estes tempos... 
E não pude deixar de "ver nestas palavras" esta  pessoa  que é capaz de num comentário publico desses/ Ter a ousadia, a petulância de dizer que o Carlos tem uma vida de MERDA!!!! Am????? Como assim ?
 O Carlos é muito melhor filho, melhor irmão, melhor amigo, melhor pessoa do que nos tempos passados onde era tao igrejeiro,  mas adolescente...
Sempre o incentivei a ser COERENTE, verdadeiro com suas convicções, ate por isso ele se afastou provavelmente.  E seguiu seu caminho. Graças a Deus deixou de ser tão fundamentalista... E voltamos as nossas origens!
Carlos NUNCA reclamou de ninguém da igreja que frequentava, eu fiquei sabendo por outras pessoas do que andavam aprontando os "falsos"  amigos... 
Mas quer saber ...
Voltemos ao amor de Jesus!

Fico com a palavra de Ariovaldo Ramos na voz do grande RENÉ KIVITZ...


Não quero mais ser evangélico! Quero voltar para Jesus Cristo, para a boa notícia que Ele é e ensinou. Voltemos a ser adoradores do Pai porque, segundo Jesus, são estes os que o Pai procura e, não, por mão de obra especializada ou por “profissionais da fé”. 
Voltemos à consciência de que o Caminho, a Verdade e a Vida é uma Pessoa e não um corpo de doutrinas e/ou tradições, nascidas da tentativa de dissecarmos Deus; de que, estar no caminho, conhecer a verdade e desfrutar a vida é relacionar-se intensamente com essa Pessoa: Jesus de Nazaré, o Cristo, o Filho do Deus vivo. 
Quero os dogmas que nascem desse encontro: uma leitura bíblica que nos faça ver Jesus Cristo e não uma leitura bibliólatra. Não quero a espiritualidade que se sustenta em prodígios, no mínimo discutíveis, e sim, a que se manifesta no caráter.
Chega dessa “diabose”! Voltemos à graça, à centralidade da cruz, onde tudo foi consumado. Voltemos à consciência de que fomos achados por Ele, que começou em cada filho Seu algo que vai completar. Voltemos às orações e jejuns, não como fruto de obrigação ou moeda de troca, mas, como namoro apaixonado com o Ser amado da alma resgatada.
Voltemos ao amor, à convicção de que ser cristão é amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos: voltemos aos irmãos, não como membros de um sindicato, de um clube, ou de uma sociedade anônima, mas, como membros do corpo de Cristo. 

Quero relacionar-me com eles como as crianças relacionam-se com os que as alimentam – em profundo amor e senso de dependência: quero voltar a ser guardião de meu irmão e não seu juiz. 
Voltemos ao amor que agasalha no frio, assiste na dor, dessedenta na sede, alimenta na fome, que reparte, que não usa o pronome “meu”, mas, o pronome “nosso”.
Para que os títulos: “pastor”, “reverendo”, “bispo”, “apóstolo”, o que eles significam, se todos são sacerdotes? 
Quero voltar a ser leigo! Para que o clericalismo? Voltemos, ao sermos servos uns dos outros aos dons do corpo que correm soltos e dão o tom litúrgico da reunião dos santos; 
ao, “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu lá estarei” de Mateus 18.20. 
Que o culto seja do povo e não dos dirigentes – chega de show! Voltemos aos presbíteros e diáconos, não como títulos, mas, como função: os que, sob unção da igreja local, cuidam da ministração da Palavra, da vida de oração da comunidade e para que ninguém tenha necessidade, seja material, espiritual ou social. 
Chega de ministérios megalômanos onde o povo de Deus é mão de obra ou massa de manobra!
Para que os templos, o institucionalismo, o denominacionalismo? Voltemos às catacumbas, à igreja local. Por que o pulpitocentrismo? 
Voltemos ao “instruí-vos uns aos outros” (Cl 3. 16).
Por que a pressão pelo crescimento? Jesus Cristo não nos ordenou a sermos uma Igreja que cresce, mas, uma Igreja que aparece: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus. “(Mt 5.16). Vamos anunciar com nossa vida, serviço e palavras “todo o Evangelho ao homem… a todos os homens”. Deixemos o crescimento para o Espírito Santo que “acrescenta dia a dia os que haverão de ser salvos”, sem adulterar a mensagem.
“Tornai vós para mim, e eu tornarei para vós diz o Senhor dos exércitos”. Seja um patrocinador desta obra, seja um colaborador de Cristo!

Que Deus te abençoe!   
Escrito por Ariovaldo Ramos

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