A Terapia do Prazer



O prazer não pode ser controlado nem comandado pelo ser humano. Na opinião de Goethe, é uma dádiva de Deus para os que se identificam coma a vida e se alegram com seu esplendor e beleza. A vida, em troca, lhes dá amor e graça. Mas Deus adverte seus filhos legítimos: “ Apesar de o prazer ser efêmero e abstrato, assenta-o na mente, pois nele está o significado da vida”. 

Para a maioria dos seres humanos, a palavra prazer evoca sentimentos conflitantes. Por um lado está associado ao que é “bom”. Mas a maioria das pessoas as achariam um desperdício a vida voltada só para o prazer, temos medo de que o prazer nos leve a caminhos diferentes, onde esqueceríamos os nossos deveres e obrigações.

Foto de arquivo pessoal do Castelli D'Palma

Outros vêem no prazer uma conotação lasciva. O prazer, especialmente o carnal, tem sido considerado como a maior tentação do demônio. Para os calvinistas, quase todos os prazeres eram pecados. 

Em nossa cultura, todos receiam o prazer. A cultura moderna é mais dirigida pelo ego do que pelo corpo, transformando o poder no principal valor, reduzindo assim o prazer a uma situação secundária. 

É preciso entender que todos nós, estamos prontos a aceitar as tentações do demônio. Este, está presente dentro de cada um sob a forma de um ego que nos acena coma realização de um desejo desde que o obedeçamos. A perversão diabólica da verdadeira natureza humana é a personalidade dominada pelo ego. O ego não existe para ser o mestre do corpo e sim para ser seu servo leal e obediente. O corpo, deseja prazer e não pode, é o contrário do ego. 

A origem de todos os bons pensamentos e sentimentos é o prazer. A pessoa que não tem prazer ou não faz uso fruto deste (o qual está relacionado ao seu corpo e a mente), se torna rancoroso, cheio de ódio e frustrado, desenvolve atitudes auto-destrutivas, seu pensamento torna-se distorcido e perde o seu potencial criativo. 

O prazer também é a força criativa da vida. É a única força capaz de se opor a destrutividade em potencial do poder. Muitos acreditam que esse papel pertence ao amor. Mas é preciso que aconteça a experiência do prazer, para que este não se torne só mais uma palavra. Compreenderemos, então , que o prazer é a chave de uma vida criativa. 

Há necessidade que deixemos de lado essas antigas crenças de que precisamos sofrer para ver Deus. Isso não é verdade, pois apenas um reflexo do que aprendemos no passado com pessoas de autoridade que tinham ou alguns que ainda tem interesses em alienação política ou ideológica. 

Mesmo se analisarmos uma interpretação religiosa, sobre as palavras de Jesus... 

Poderíamos fundamentar a busca do bem-estar... 

Ame ao próximo como a ti mesmo. Ele não disse ao invés de a ti mesmo. 

Começa por aí; e tudo que ele curou, melhorou e transformou de dor em cura para fazer felizes as pessoas. 

Maior prova que até religião encontramos razões para vivermos com qualidade de vida!
       

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