PROGRAMANDO AS EMOÇÕES

Saúde
com Maria Ritta Michalski  publicado em 1998 Jornal Correio Lageano

PROGRAMANDO AS EMOÇÕES

Os pensamentos associam-se não só por capacidade lógica ou associativa mas também por estado de espírito. Quem se sente triste imediatamente começa a pensar de forma negativa. E quem pensa de forma negativa sente-se triste. Como não existe uma linha certa que marque o começo deve-se trabalhar os níveis: o mental e o emocional.
Para quebrar esses sentimentos tristes e pensamentos debilitantes, pode-se criar distrações que mudam nosso estado de espírito e nossa mente. Por exemplo: a leitura de um livro interessante, um filme cômico, um esporte, conversas com pessoas positivas, um curso edificante, uma saída. Algo, enfim, que mude por algum tempo os sentimentos e faça lembrar que bem é estar emocionalmente positivo.
Outro eliminador de depressão eficaz é ajudar a outros em necessidade. Como a depressão se nutre de ruminações e preocupações com o ego, ajudar outro nos tira dessas preocupações quando empatizamos com outras pessoas com sofrimentos próprios. Assim vê-se que existem vários métodos para realizar uma mudança no estado de ânimo. Para cada um pode ser diferente o método empregado, o importante é ser capaz de manter a alegria de viver em auto astral.
Fluxo Emocional e Magnetismo Pessoal -
Concentrar o interesse em tarefas diárias também pode contribuir para melhorar o fluxo emocional. Imaginemos um artista plástico diante de uma tela em branco, se ele sente inspiração fará seu trabalho com alegria. Agora se ele começa a pensar nos críticos da arte, o fluxo emocional vai diminuir e sua criatividade pode ficar afetada. Isto sucede com tudo. Quando amamos alguém e demonstramos nosso amor, se pensamos que não seremos correspondidos nosso sentimento experimentará o bloqueio.
O mesmo acontece com nosso magnetismo pessoal, quando estamos com pessoas e deixamos fluir nossas emoções positivas - aceitando os outros e sentindo que também somos aceitos - , as palavras fluem, surgem temas interessantes e conversamos e nos comportamos de maneira cativante. Agora se pensamos que seremos rejeitados ou que somos poucos interessantes, o fluxo da conversa paralisa e ficamos sem ter nada para acrescentar.
Reeducando o Cérebro Emocional
Quando um problema afeta o indivíduo, o cérebro codifica “problema”. Tudo o que se aproximar de “problema” dispara o alarme emocional, o “sentimento” de perigo. Passeios, brincadeiras também codificam, porém o código agora é para alegria, divertimento, descontração.
Um método para reeducar o cérebro emocional é: tomar os problemas os problemas, voltar a trabalhar com eles, porém como uma “brincadeira”. É como quando se dorme e no sonho se vê o problema, porém como uma brincadeira, portanto, é suportável... e quando se acordamos parece que a tarefa ou problemas já não pesa tanto. Seja dormindo, ou propositadamente como técnica reeducativa, quando apresenta-se o problema como brincadeira, o cérebro não dispara o alarme emocional, pelo contrário, procura ver onde está o divertimento da situação e, acha, se vê a solução e, codifica o resultado como positivo. E sabendo que existem “soluções”, na próxima vez, quando se deparar com o problema, em lugar de codificar “perigo”, procurará ver onde está a “solução”... para que a brincadeira de certo.
Técnicas
Técnicas de relaxamento e outras da meditação são um bom exemplo para reeducação do cérebro emocional. Acontece que, uma técnica de relaxamento dirigido leva o indivíduo a um estado natural, como o de dormir, para o encontro de tarefas nesse estado. Trabalhando com a imaginação criadora, as emoções de um passeio imaginário codificam cérebro com a resposta: “lazer”, “bem estar”. Logo sensações de peso transformam-se em leveza como “brincadeira” e, lentamente, o cérebro fica com “boa disposição”. Bem disposto, ao retornar para o trabalho ou estudo, agora cérebro responde rápido e bem com inteligência emocional. 

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