Amor no Processo de Cura

SAÚDE



Amor no Processo de Cura

Muitos terapeutas acreditam que o denominador comum de todos os métodos de cura seja o amor incondicional - um amor que respeita o caráter singular da cada paciente e o capacita a assumir a responsabilidade pelo seu próprio bem-estar.
Toda vez que saímos da sintonização com o nosso processo de transformação, entramos num estado de estagnação, remetendo o fluxo de energia vital, fenômeno que se manifesta como doença. Assim, o que denominamos doença, freqüentemente deixamos de percebê-la como um processo evolutivo e passamos a considerá-la um inimigo externo que nos ataca. Mas esta atitude restringe ainda mais o fluxo energético vital. Assim, um dos aspectos do amor do agente de cura é ajudar o paciente a superar o medo da mudança.
Entretanto, não pode haver disposição para transcender o medo da mudança se não tiver antes uma motivação apropriada para viver. Ao meu ver, ninguém vem a este mundo sem uma função, ou sem os instrumentos para dar cumprimento a ela. Um dos melhores motivos para permanecermos saudáveis é o de expressarmos essa função o mais integralmente possível. Portanto, se não temos clareza quanto ao que seja essa função, nossa motivação para permanecer saudáveis será menor.
Desta forma, freqüentemente, as pessoas precisam ter sua atenção voltada para os potenciais que ainda não realizaram, seja por causa de um sistema particular de crença, porque elas retém essa potencialidade, ou apenas por falta de percepção. Em qualquer um dos casos, ao voltar a atenção para esses potenciais, os terapeutas podem ajudar as pessoas a adquirir maior clareza quanto aos seus propósitos, fortalecendo nelas o desejo de viver. Temos aqui um dos mais poderosos instrumentos terapêuticos usados, de uma forma ou de outra, por todos os agentes de cura bem-sucedidos, seja qual for seu sistema ou técnica particular.
Às pessoas é necessário deixar claro que cabe também a elas começar a reconhecer suas próprias necessidades. O que significa, os terapeutas tornarem-se educadores. Deve ser restituído às pessoas o seu poder de arcar com a responsabilidade pelo seu próprio bem estar.
E isso, pressupõem em primeiro lugar que a pessoa aprenda a se amar, pois o amor não é apenas uma experiência emocional, existe uma fisiologia do amor, ele é uma experiência que envolve o corpo inteiro. Assim, é o vínculo vital entre as diversas modalidades de cura. O amor é o mais significativo elemento da vida humana.
A referência aqui à cura, não está no sentido de apenas eliminar os sintomas da doença, mas em tornar a pessoa consciente dos fatores que a levam a criar a enfermidade. Quando o corpo passa a ser a preocupação fundamental da mente, esta não consegue realizar o seu potencial. Para que tenha algum efeito duradouro , a cura deve servir à mente, assim a cura é o resultado de uma transformação da mente. Uma área recente da medicina - a psiconeuoimunologia, que estuda a relação entre pensamentos, emoções, comportamento e o sistema imunológico do homem - confirma cientificamente que somos o reflexo do nosso mundo mental.
Por isto, muitos terapeutas incluem a cura num programa global de crescimento interior profundo, de modo que, tal como a respiração consciente, o canto, a oração ou alguma modalidade de ioga, a cura se torna um caminho para a abertura do coração ao Ser Supremo e ao Amor.
Quando a pessoa se ama, se aceita, e aceita a responsabilidade pela condução de sua vida, e se dispõe verdadeiramente a promover mudanças, quer nos seus hábitos, quer nas suas crenças limitadoras, a cura passa a se manifestar verdadeiramente.  

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